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Comentários politicamente incorretos sobre a visão liberal que o brasileiro tem sobre o uso de subst

  • Marcelo Caixeta
  • 7 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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Eu "tô ganhando muito dinheiro com drogas", apesar de não ser traficante (" o que é o que é, não é traficante mas ganha dinheiro com drogas ? - o psiquiatra" !) . Só este mês já é o terceiro surtado com LSD que atendo no hospital psiquiátrico. Goiânia vive uma "derrama" de selinhos de LSD. O interessante é que são adolescentes "até bem de vida", cultos, com dinheiro, defensores ferrenhos da "natureba" da maconha, cheios de informações pseudo-médicas sobre ela, e que resolveram dar um "tiro" diferente. Como o Brasil vive um "maio de 68" tardio ( nosso atraso cognitivo faz com que tudo aqui seja tardio ), é "proibido proibir". Psicose por maconha só este mês também já tivemos três casos. Ou seja, além das drogas lícitas, p.ex., cigarro, álcool, agora os psiquiatras já têm mais outros "grandes e promissores fornecedores". Apesar das inúmeras matérias da Época, SuperInteressante, IstoÉ, Mente e Cérebro, apologizando a maconha ( isto vende revista e dá munição "pseudo-científica" para os toxicômanos ), basta entrar em um hospital especializado em psiquiatria de adolescentes para ver o estrago que é feito. Maconha, por exemplo, consegue transformar doença bipolar de fácil tratamento em psicose esquizofreniforme de dificílimo tratamento, às vezes incurável, às vezes crônica. Vivemos a época pós-moderna da "anti-autoridade", uma época em que o "pai foi abolido". As mulheres adoram isto e os homens mais ainda, pois se sentem desobrigados de "cuidar de uma família". Esta desobrigação gera "famílias de mães e filhos-filhas", e muitas mães, dada sua constituição feminina, passiva, permissiva, conciliadora, não conseguem controlar os filhos. Estes, sem controle, vão para a vida hedônica, a vida de "prazeres". E, nesta "vida de prazeres" ainda encontram motivo para "atacar a autoridade", aqui representada por "aquele escroto do meu pai que não tá nem aí prá gente". Então, hoje, "tá na moda" ser "libertário", ser anti-pai, anti-autoridade, anti-ciência, anti-medicina ( "um bando de caretas, moralistas, cheios de limitações e de regras, que nos querem dominar sem nos darem nada [ amor, atenção, sacrifício] em troca"). Este tipo de situação psicossocial é ótima para gerar falácias, algo do tipo : "maconha não faz mal". É evidente que, como tudo em Medicina, há pessoas que fumam e não passam mal, conseguem "fumar controlado", "não se deixam levar pelo vício", etc. Mas, para muitos destes, assim como no alcoolismo, há outros tantos que são destruídos pela droga, assim como suas famílias. Por exemplo, supondo-se de que, a cada 10 maconheiros apenas um fique psicótico, isto os "autoriza" a dizer : "maconha não faz mal". Já conhecemos esta história no alcoolismo : "só bebe quem quer, não podemos parar de ter este prazer só porque uns ficam doentes, adoecem suas famílias e matam os outros ( homicidios, trânsito )". Como tudo no mundo, não acho que "proibiçoes legais" resolvam este problema; no entanto, há coisas que, com certeza pioram o problema : por exemplo a propaganda, a disseminação, o culto da droga, o proselitismo do prazer, como é feito com o álcool. O que aconteceria se armas de fogo ficassem à vista, vendidas em supermercados, acessíveis à todos ? É o mesmo que acontece com uma droga acessível a todos, seja ela LSD, seja maconha, seja álcool. Sei que nada disto, nem ciência nem filosofia moral nenhumas demovem o ser humano do "prazer que ele tem nesta vida tão difícil". Tudo bem. Então que paguem os prejuízos ! E, de preferência, paguem para mim, ahahahaha. ................................................................... Marcelo Caixeta, médico psiquiatra


 
 
 

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