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Parecem cartas de amor, parecem poesia, mas são bilhetes de suicídio.

  • Marcelo Caixeta
  • 9 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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Não se deixe enganar, depressivos podem ser geniais, podem ser campeões do amor.

Não é pela depressão ser o maior “aprofundador existencial” que existe que devemos simplesmente exaltá-la, que devemos banalizá-la, “estético-sizá-la”, “artístico-sizá-la”.

Há limites entre a aprendizado de um aprofundamento da existência e uma dor insuportável.

Aprendamos discerni-los e, sobretudo, aprendamos cuidá-los.

A depressão nos deve colocar em contato com Deus, não na presença d´Ele....

PS : Agradeço a B.C.D., que permitiu colocar sua dor a serviço dos que sofrem.

I

Não consigo viver, nem com, nem sem, você.

I I

Não haverá amanhã.

Quando todas as portas se fecham , abre-se o injustificável .

Uma covardia para qual se necessita uma coragem imensurável.

É o fim... meu fim.

Eu tentei...

Tentei muito...

E foi tentando que muitas vezes acertei,

e que provavelmente que eu também errei.

Vivi, sobrevivi, insisti...

Fiz de tudo um pouco, e do pouco muito.

Ainda assim este muito foi pouco.

Cansei...

Perdi a esperança... e sem ela não existe vida.

Desisti de mim , o que mais posso fazer.

Na equação da vida onde tudo é a somatória do “ser e do estar” eu me esqueci da plenitude do que é o viver.

Convivi com pessoas fantásticas.

Dentre todas, minha companheira de jornada, meu tesouro, meu baluarte, meu amor.

Tive amigos que me surpreenderam nas horas incertas e amargas, amigos de ombros largos.

Como também tive amigos que não me surpreendeu, talvez por não tiver dados a eles uma chance.

No emaranhado da vida eu me perdi,

Perdendo todos os sonhos...

E sem sonhos não se vive.

Acabei desistindo de mim.

Desistindo de tudo.

Meus motivos aos olhos de outrem podem ser fúteis,

Porem pra mim, era o meu tudo. E eu perdi este tudo.

Em algum lugar de minha existência, perdi a essência do que é viver.

Por isto não haverá amanhã pra mim.

Sem rancores, sem magoas

Apenas cansei de continuar vivendo este milagre que é a vida.

Porem para mim estava sendo muito difícil levá-la ou deixar ela me levar.

Viver nos últimos tempos era um tormento, uma tortura ver as horas passarem e eu passar com elas.

Quero estar leve

Morrer, de um jeito ou de outro, todos nós vamos um dia.

Apenas furei a fila.

Antecipei o tempo.

III

A existência é a maior obra prima surreal que a natureza criou. Deu-nos o poder da inteligência, discernir o mal e o bem e ser o topo da cadeia da vida no planeta.

Porem deu-nos o livre arbítrio, e a escolha é individual, como são os seres humanos. Este poder rege a vida e a morte de todo ser.

Chega-se a um ponto onde por mais forte que seja a dor, nos tornamos indiferente a ela, pois ela deixou de ser um dor para ser uma agonia sufocante.

A angustia que avassala a alma e torna todos os instante em momentos de profunda agonia pessoal, nos faz pensar em morrer.

Quantas vezes pensei nesta opção, e quantas vezes desisti.

Morrer é uma solução permanente e os problemas são sancionais, mas mesmo assim eles enegrecem a vida por muito tempo, e tempo é relativo de pessoa para pessoa. Como a capacidade de sofrer também não existe limite pré determinado cada um tem seu ponto de ruptura.

Sobreviver a cada dia é diferente de viver os mesmos dias.

Viver é um estado de espírito, se vive conforme as suas nuanças.

Morrer é uma atitude somente de vivos.

Morte assusta mais por seu mistério do que pelo o que se diz dela.

Morrer é simples, faz parte da existência só que tentamos não enxergar esta realidade.

Tem certos momentos na vida que eles deixam de serem momentos para ser uma existência. E como dói viver estes instantes eternos.

Eu estou cansado de ver o tempo passar e eu sem nada fazer vendo minha vida escorrer por entre os meus dedos, e nada fazer para rete-la.


 
 
 

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